Número de cursos a distância cresce 600% em 3 anos

Dados estão presentes em diagnóstico do ensino a distância no Brasil

Pela primeira vez é possível traçar um diagnóstico do Ensino a Distância no Brasil. O Instituto Monitor e a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) lançaram a primeira edição do Anuário Brasileiro Estatístico de Educação Aberta e a Distância (Abraed 2005), que leva em consideração os dados de cursos oficialmente credenciados. De acordo com o Abraed, o número de cursos superiores (graduação, seqüencial e pós a distância) passou de 11 em 2001 para 77 em 2004, o que representa um aumento de 600%.

De acordo com o IDC, em todo o mundo, no ano de 2003, o setor de e-Learning recebeu cerca de US$ 6,6 bilhões em investimentos. No Brasil, segundo pesquisa realizada pelo Portal e-Learning, os investimentos acumulados em ensino a distância no mundo corporativo chegaram a US$ 80 milhões em 2003. Outra pesquisa, feita pela E-Consulting, aponta que a maioria das grandes empresas brasileiras investe em projetos na área. Atualmente, 33% já investem, 18% o fazem sistematicamente e 23% incluíram o assunto no planejamento. Do total pesquisado, apenas 14% apareceram sem intenção de investir nesse tipo de educação.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Ensino à Distância (NEAD) da Universidade Veiga de Almeida, Ilene Pessoa, o aumento dos cursos disponíveis na Internet influenciou diretamente o aumento da procura por cursos a distância. “A Internet foi essencial para a expansão do ensino a distância, justamente porque facilita o acesso ao conteúdo que, no ensino convencional, apenas poderia ser obtido através da presença do aluno. Com isso, fatores como distância e tempo se tornam mínimos diante dos recursos que a tecnologia oferece”, explica.

De acordo com o empresário Otto Smik, que mora em Angra dos Reis e está no primeiro período de Administração a distância pela Veiga de Almeida, esse tipo de ensino não perde em qualidade. Ele, que já se formou em Engenharia operacional mecânica em um curso presencial, afirma que uma das vantagens das aulas virtuais é a possibilidade do aluno fazer seu próprio horário. “Tenho a minha empresa, então muitas vezes preciso viajar para acompanhar de perto o trabalho e acabo não tendo disponibilidade para freqüentar a Universidade. Mesmo virtualmente, o compromisso que assumi comigo mesmo me faz estudar muito mais hoje do que quando cursava minha primeira graduação”, conta.

A empresária Alice Fonseca, moradora de Copacabana, no Rio de Janeiro, conta que o medo de transitar sozinha pelas ruas durante a noite pesou muito na hora da opção pelo curso a distância. “A cidade está muito perigosa, principalmente no horário de saída dos cursos noturnos, pois embora exista uma universidade a dois quarteirões da minha casa, ela não tem qualidade. Fiz a escolha que me possibilita aprender de verdade e com segurança”, afirma a estudante do 1º período de Administração com habilitação em Marketing.

Fonte: UNIVERSIA

E-Learning Brasil
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